20 dezembro 2012

Cientistas identificam bactéria ligada à obesidade


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Obesidade: Bactéria envolvida na doença é identificada por pesquisadores chineses (Creatas Images/ThinkStock)
Um grupo de pesquisadores de Xangai identificou uma bactéria cuja presença nos intestinos pode ser a causadora da obesidade. Em testes feitos em laboratório, os cientistas, que são da Universidade Jiao Tong, na China, descobriram que os ratos que normalmente resistem à obesidade, inclusive quando consomem alimentos com muitas calorias, terminaram engordando após receberem injeções com uma bactéria humana chamada enterobactéria. Esses achados foram publicados na edição desta semana do periódico International Society for Microbial Ecology.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: An opportunistic pathogen isolated from the gut of an obese human causes obesity in germfree mice

Onde foi divulgada: periódico InternationalSociety for Microbial Ecology Journal

Quem fez: Na Fei e Liping Zhao

Instituição: Universidade de Jiao Tong, na China

Resultado: Os pesquisadores observaram que ratos que normalmente resistem à obesidade, mesmo com uma dieta calórica, ganharam peso ao receberem injeções com uma bactéria humana chamada enterobactéria. Esta bactéria foi encontrada em grandes quantidades nos intestinos de uma pessoa com obesidade mórbida que participou voluntariamente do estudo e, por isso, os cientistas a relacionam com a doença.
















Antes de fazerem experimentos com ratos, os pesquisadores chineses haviam encontrado grandes quantidades dessa bactéria no intestino de uma pessoa que sofria de obesidade mórbida. A partir dessa descoberta, então, a equipe resolveu observar o que o microrganismo provoca no corpo de roedores. Para isso, os animais receberam injeções contendo a enterobactéria ao longo de 10 semanas. Os resultados confirmaram a relação entre essa bactéria e um maior risco de obesidade.
Dieta - Em outra etapa do estudo, os pesquisadores selecionaram um voluntário obeso que, durante nove semanas,  conseguiu perder 30 quilos seguindo uma dieta à base de cereais e alimentos medicinais chineses tradicionais. De acordo com o artigo, com a dieta e a perda de peso, a presença da enterobactéria no intestino dessa pessoa chegou a um nível indetectável. O próximo passo dos pesquisadores, eles afirmam, é identificar mais bactérias que influenciam no risco da obesidade.
(Com Agência France-Presse)
Fonte: http://veja.abril.com.br/

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